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... apenas abro as janelas do tempo e deixo o verbo falar...
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Sim. Não.
A vida é um molho agridoce; pronto! Eu deixarei os conceitos propositadamente abertos e vou logo para a crônica. Venho para a varanda e me boto logo a pensar sobre aquilo que estou deixando de agradecer para além do óbvio.
2 de jan. de 20213 min de leitura


eles
Está voando sobre o Morro Azul. Paragliding. Foi conversando com um praticante há muito tempo que descobri: – Subimos pela corrente de ar quente. – Mas como vocês descobrem onde elas estão? – Há vários sinais; um deles é observar os urubus subindo. Meu pai os chamava - os pessimistas - de urubus. E depois arrematava: Sai pra lá! Com o tempo aprendi a me relacionar com eles, sem me afastar incontinenti. É fácil identificá-los. Basta você lançar uma ideia diferente, pode s
25 de dez. de 20203 min de leitura


Hollywood
Alergia é um negócio doido. Tenho presentes a imagem e o cheiro do espetinho que me avisou que eu era alérgico a camarão. Posso descrever com detalhes o ambiente em que estava. Acho que tinha uns doze anos. Na praia. Foi a penúltima vez que experimentei camarão. A última foi uns quinze anos depois desse primeiro incidente. - Deixe-me ver como é o gosto e aproveito para saber se ainda sou alérgico . Idiota. Era. Logo virei um estorvo para as paelas; os bobós e outros
18 de dez. de 20203 min de leitura


o alfinete.
Talvez porque tenha Rizzo no nome? A Li sempre foi de sorriso fácil e simpático. Sorria para dizer sim, sorria para dizer não. Sorria para dizer sem falar. Sorria também quando achava algo engraçado. Um dia estávamos a turma toda no Cinema e quando nos sentamos, faz algum tempo isso, bastante tempo na verdade, eu perguntei a todos, aliás, que filme vamos assistir, mesmo? Ela deu risada, mas acho que nesta ocasião foi gargalhada. Ao menos são estas as lembranças que tenho qua
11 de dez. de 20202 min de leitura


e na outra...
Se podcast fosse comida ele seria a farofa. Versátil e companheira. De ovo, com bacon, doce ou de banana. Aquela de improviso então, juntando porçõezinhas da geladeira, são as mais surpreendentes. Não ficou tão boa? Joga mais um trem que logo você a ajusta. Eu geralmente ouço os meus enquanto faço alguma atividade paralela ou para preencher um tempo que parece estar à toa. Um tempo que parece estar à toa é aquele em que você está perdido. É aquele momento em que você
30 de out. de 20203 min de leitura


Pato, catapulta, catacumba.
É uma cochilada e catapumba! Foi essa expressão mesmo – equivocada e que no máximo dá a ideia de um tombo – que me veio há pouco quando estava pensando sobre a pequena vacilada que dei para que a crônica de sábado último não fosse escrita. De Sábado ficou para Domingo que ficou para hoje – quarta-feira, dia 28 de outubro de 2020. A expressão mais apropriada para o meu pensamento: uma cochilada e catacumba! Ou seja, dependesse eu da crônica para viver mortinho estaria; catap
28 de out. de 20203 min de leitura


mudam-se os tempos; os ventos...
Houve um tempo em que os pais restringiam o tempo de seus filhos na rua, só na TV aberta, videogames, ou ainda mesmo o tempo em que a família os enviava para os internatos. Houve um tempo que os pais trabalhavam longe de seus filhos. Para trabalhar o sustento, para viver a necessária aventura da sobrevivência. As cartas demoravam a chegar. Nada era imediato. Hoje a treta é para mostrar para as minhas filhas que há vida além do celular. Maldição! Vejo-me constantemente re
17 de out. de 20203 min de leitura


O trem, Aldorigo e Carrara, o mármore.
Aqui estamos, aqui estou, no final do sábado. Perdi a hora hoje, praticamente atrasado em todos os compromissos outrora assumidos. Joguei a crônica para o domingo. Não é bom se atrasar. Não é elegante se atrasar. Ingleses não se atrasam; brasileiros sim. Às vezes o atraso salva vidas, como o avião que caiu, o assalto oportunista ou a explosão que se postergou. Outras, o atraso mata vidas. O avião que caiu, o assalto oportunista ou a explosão que se postergou. Atrasado,
10 de out. de 20202 min de leitura


heranças...
Vamos abrir rapidamente o baú de guardados de família. Uma gaveta na verdade. Logo acho uma poesia chamada “heranças” escrita por papai. Sem data. Ao lado, à mão: “Para você Luiz Alberto. Com todo o amor que eu te quero dar, dou e não dou porque sou fraco e faço de meus afetos meus piores...Seu pai. Acredita sempre! Acredita!”. Heranças: “Eu não sei em que tempo me acho, em que mundo me faço, e que horas eu passo e me vou, como alguém que parte e deixa: Um amor sendo am
2 de out. de 20203 min de leitura


Crônica é meio que assim...como pisar no tomate.
Primeiro uma, depois a outra. No prazo de três semanas minhas duas filhas aprendiam o gênero crônica na escola. – Ah meu pai tem um blog de crônicas. Primeiro falei com a professora da Vivi, batemos um papo rápido, ficou a ideia de escrever uma crônica mais para os alunos. Depois veio a Oli. Sua professora ficou de ver o blog e, talvez, depois, eu fale com a turma. Está meio que no ar ainda. Nem preciso dizer que topei tudo na hora. Logo avisei as duas que não são toda
12 de set. de 20204 min de leitura


filhas: minha crônica testamento...
Fogo. Quero ser cremado e virar pó. Não deixem os vermes me comerem debaixo da terra. Por favor. Confesso que ainda não vi os detalhes, mas eu deixarei algum esquema prático para que seja mais fácil. As cinzas, né?
5 de set. de 20204 min de leitura


é tarde demais...
Nossos automáticos são as nossas criações pródigas. Elas vão gastando os nossos sentimentos, as nossas experiências e os nossos amores como se não houvesse amanhã. Até que seja tarde demais. Por vezes, dão as mãos aos nossos preconceitos, estreitam-se às crenças intransitivas e programam o maravilhoso mundo da continuidade de nossos crepúsculos. De um dia que não se vê passar. Do sol nascente à lua brilhante nós vamos nos balizando pelas nossas vinte e quatro horas, dias
29 de ago. de 20204 min de leitura


o mundo não para de interferir
"Enquanto o conhecimento temeroso se detém em reflexões, a ignorância audaciosa já liquidou o assunto" Samuel Daniel. "Bem, para ser franco, Charlie, estou temporariamente fora de forma. Tenho que voltar à condição em que poderei de novo escrever poesia. Mas onde está o meu equilíbrio? Existem ansiedades demais. Elas me deixam completamente seco. O mundo não para de interferir. Tenho que recuperar o encantamento. Tenho a impressão de que estou morando num subúrbio da realid
22 de ago. de 20204 min de leitura


300
Percebi que os leitores raramente saem do insta para ler as crônicas postadas no blog. Visitam o perfil mas raramente chegam a acessá-las. Logo entendi que uma boa solução seria o arrasta pra cima. Que pueril. Que idiota. Como se arrastar pra cima fosse para qualquer um. Somente a conta com mais de dez mil seguidores tem essa prerrogativa. Quer dizer que os 300 que me seguem hoje não merecem ter o benefício do arrasta pra cima? Não. Não pela lógica atual. Nós nos perdem
15 de ago. de 20203 min de leitura


mais creminho por favor.
Estávamos num daqueles diálogos bumerangues em que dois ou mais assuntos não terminados eram conversados quase que simultaneamente... - Mas afinal qual é a sua meta? - Consumir mais creminho! - Como assim? Creminho de....? - Consumir não é bem a palavra, não é consumir de adquirir, consumir mais no sentido de receber, no sentido de chegar algo que você está esperando... - Mas você diz creminho de....? - É, creminho...Mas tomar não é a expressão que melhor o define porque não
8 de ago. de 20203 min de leitura
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