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... apenas abro as janelas do tempo e deixo o verbo falar...
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foi assim
O óbvio que precisa ser dito: não tem certo nem errado, que este seja melhor que aquele, ou vice-versa. Grave é não saber o que somos. Em algum momento da vida eu aprendi que saber como somos talvez seja mais importante do que propriamente ser; do que propriamente viver. Eu não tenho a menor qualificação filosófica para distinguir um do outro. Facilitemos: viver sem autoconhecimento é mais perigoso do que descer desavisadamente o Morro dos Prazeres em Santa Tereza.
22 de fev. de 20222 min de leitura


Mangue Seco
O lugar é lindo. As dunas de hoje não são as de ontem. Foram obrigados a estancar o movimento delas com uma planta rasteira antes que invadisse o povoado. As dunas de Tiêta não são as que eu vi.
20 de fev. de 20213 min de leitura


Aracajue-se
Descemos do avião mergulhando na brisa constante; no calor quase abafado. A quarta-feira Aracajuense lembra um Domingo qualquer em São Paulo, é um vaivém tranquilo. Não demorou muito para chegamos aos Mercados Municipais, almoço na Dona Rita; ambulantes se revezam incessantemente para nos vender as suas traquitanas. O primeiro chegou a se sentar. O segundo, meio hippie meio artista, recitou O amor bate na aorta de Drummond; em seguida narra a sua jornada para voltar a Maceió
13 de fev. de 20212 min de leitura


a azeitona após a morte
Acreditar em vida após a morte, em suas diversas concepções religiosas, desde o retorno em forma de barata para os espíritos ruins de acordo com o Budismo ou uma passagem no purgatório para a religião Católica, afeta diretamente o nosso comportamento em nossa existência terrena, de acordo com as crenças individuais que todos nós temos o direito de tê-las.
6 de fev. de 20213 min de leitura


Bruno e Rafael, ali na 11.
Morde-se delicadamente a parte de cima. O suficiente para se tirar a tampinha, praticamente aquela mordiscada em mamilos tesos. A casquinha fina e crocante se rompe. Coloque-o sobre o prato e penetre no buraco um generoso fio de azeite. Umas gotas da pimenta da casa. Na próxima mordida a couve e o bacon triturado vão aparecer e se misturar deliciosamente com a massa da feijoada. Os outros bolinhos que acompanham a porção são de frango com massa de mandioca e de costela com
16 de jan. de 20213 min de leitura


Sim. Não.
A vida é um molho agridoce; pronto! Eu deixarei os conceitos propositadamente abertos e vou logo para a crônica. Venho para a varanda e me boto logo a pensar sobre aquilo que estou deixando de agradecer para além do óbvio.
2 de jan. de 20213 min de leitura


eles
Está voando sobre o Morro Azul. Paragliding. Foi conversando com um praticante há muito tempo que descobri: – Subimos pela corrente de ar quente. – Mas como vocês descobrem onde elas estão? – Há vários sinais; um deles é observar os urubus subindo. Meu pai os chamava - os pessimistas - de urubus. E depois arrematava: Sai pra lá! Com o tempo aprendi a me relacionar com eles, sem me afastar incontinenti. É fácil identificá-los. Basta você lançar uma ideia diferente, pode s
25 de dez. de 20203 min de leitura


Hollywood
Alergia é um negócio doido. Tenho presentes a imagem e o cheiro do espetinho que me avisou que eu era alérgico a camarão. Posso descrever com detalhes o ambiente em que estava. Acho que tinha uns doze anos. Na praia. Foi a penúltima vez que experimentei camarão. A última foi uns quinze anos depois desse primeiro incidente. - Deixe-me ver como é o gosto e aproveito para saber se ainda sou alérgico . Idiota. Era. Logo virei um estorvo para as paelas; os bobós e outros
18 de dez. de 20203 min de leitura


e na outra...
Se podcast fosse comida ele seria a farofa. Versátil e companheira. De ovo, com bacon, doce ou de banana. Aquela de improviso então, juntando porçõezinhas da geladeira, são as mais surpreendentes. Não ficou tão boa? Joga mais um trem que logo você a ajusta. Eu geralmente ouço os meus enquanto faço alguma atividade paralela ou para preencher um tempo que parece estar à toa. Um tempo que parece estar à toa é aquele em que você está perdido. É aquele momento em que você
30 de out. de 20203 min de leitura


mudam-se os tempos; os ventos...
Houve um tempo em que os pais restringiam o tempo de seus filhos na rua, só na TV aberta, videogames, ou ainda mesmo o tempo em que a família os enviava para os internatos. Houve um tempo que os pais trabalhavam longe de seus filhos. Para trabalhar o sustento, para viver a necessária aventura da sobrevivência. As cartas demoravam a chegar. Nada era imediato. Hoje a treta é para mostrar para as minhas filhas que há vida além do celular. Maldição! Vejo-me constantemente re
17 de out. de 20203 min de leitura


filhas: minha crônica testamento...
Fogo. Quero ser cremado e virar pó. Não deixem os vermes me comerem debaixo da terra. Por favor. Confesso que ainda não vi os detalhes, mas eu deixarei algum esquema prático para que seja mais fácil. As cinzas, né?
5 de set. de 20204 min de leitura


a Betina de roxo
Imagino o longo processo e a coragem para se desvencilhar das xps e, aos poucos, de call em call, se jogar no mundo da comunicação e do estilo. Pena que eu não tenho a foto do chapéu que ela usou e que - quando a vi irradiante - me arrancou a já célebre frase "Estilo é tudo".
25 de jul. de 20203 min de leitura


a próxima então!
- A próxima crônica está ótima! - Como assim, você começa um texto falando do próximo? E todo aquele papo de viver o presente, de focar as energias no agora, afinal a próxima somente será postada no próximo sábado! Daqui a uma semana! Você parece o Aloisio que namora Ester pensando em Marina. Que come assado pensando em frito. Tem noção do mar de caminhos que se abre numa semana? - É que o assunto da próxima crônica é muito mais interessante do que o de hoje. - Uai! Então
18 de jul. de 20202 min de leitura


o método e não o todo...
É interessante ouvir os poliglotas contando como aprenderam diversos idiomas. Eu os admiro. Mais interessante ainda é perceber que não há um método único dentre eles. Praticamente todos aprenderam de um jeito diferente. Lógico que algumas dicas são praticamente consenso: aprenda errando, se exponha ao máximo, utilize um só livro ou app por vez, encontre um jeito divertido de aprender, comemore as pequenas conquistas e revise pouco mas diariamente o idioma da vez. São vári
30 de mai. de 20203 min de leitura


a panela de ferro
Filhas, dei-me conta na manhã de ontem que minhas panelas de ferro vão me enterrar. Bom, vocês entenderam. Elas viverão dezenas ou centenas de anos além de mim. Elas viverão dezenas de anos, talvez centenas, além de vocês. Os homens criam as coisas e depois as coisas os enterram, às vezes as coisas até os matam. Eu sinceramente não espero que a minha panela de ferro tenha algo a ver como meu o fim. No máximo pelo bacon que fritou, pelo sal que acomodou deliciosamente por vári
27 de out. de 20193 min de leitura
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