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... apenas abro as janelas do tempo e deixo o verbo falar...
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Hollywood
Alergia é um negócio doido. Tenho presentes a imagem e o cheiro do espetinho que me avisou que eu era alérgico a camarão. Posso descrever com detalhes o ambiente em que estava. Acho que tinha uns doze anos. Na praia. Foi a penúltima vez que experimentei camarão. A última foi uns quinze anos depois desse primeiro incidente. - Deixe-me ver como é o gosto e aproveito para saber se ainda sou alérgico . Idiota. Era. Logo virei um estorvo para as paelas; os bobós e outros
18 de dez. de 20203 min de leitura


o alfinete.
Talvez porque tenha Rizzo no nome? A Li sempre foi de sorriso fácil e simpático. Sorria para dizer sim, sorria para dizer não. Sorria para dizer sem falar. Sorria também quando achava algo engraçado. Um dia estávamos a turma toda no Cinema e quando nos sentamos, faz algum tempo isso, bastante tempo na verdade, eu perguntei a todos, aliás, que filme vamos assistir, mesmo? Ela deu risada, mas acho que nesta ocasião foi gargalhada. Ao menos são estas as lembranças que tenho qua
11 de dez. de 20202 min de leitura


O trem, Aldorigo e Carrara, o mármore.
Aqui estamos, aqui estou, no final do sábado. Perdi a hora hoje, praticamente atrasado em todos os compromissos outrora assumidos. Joguei a crônica para o domingo. Não é bom se atrasar. Não é elegante se atrasar. Ingleses não se atrasam; brasileiros sim. Às vezes o atraso salva vidas, como o avião que caiu, o assalto oportunista ou a explosão que se postergou. Outras, o atraso mata vidas. O avião que caiu, o assalto oportunista ou a explosão que se postergou. Atrasado,
10 de out. de 20202 min de leitura


Crônica é meio que assim...como pisar no tomate.
Primeiro uma, depois a outra. No prazo de três semanas minhas duas filhas aprendiam o gênero crônica na escola. – Ah meu pai tem um blog de crônicas. Primeiro falei com a professora da Vivi, batemos um papo rápido, ficou a ideia de escrever uma crônica mais para os alunos. Depois veio a Oli. Sua professora ficou de ver o blog e, talvez, depois, eu fale com a turma. Está meio que no ar ainda. Nem preciso dizer que topei tudo na hora. Logo avisei as duas que não são toda
12 de set. de 20204 min de leitura


Filhas: minha crônica testamento...
Fogo. Quero ser cremado e virar pó. Não deixem os vermes me comerem debaixo da terra. Por favor. Confesso que ainda não vi os detalhes, mas eu deixarei algum esquema prático para que seja mais fácil. As cinzas, né?
5 de set. de 20204 min de leitura


mais creminho por favor.
Estávamos num daqueles diálogos bumerangues em que dois ou mais assuntos não terminados eram conversados quase que simultaneamente... - Mas afinal qual é a sua meta? - Consumir mais creminho! - Como assim? Creminho de....? - Consumir não é bem a palavra, não é consumir de adquirir, consumir mais no sentido de receber, no sentido de chegar algo que você está esperando... - Mas você diz creminho de....? - É, creminho...Mas tomar não é a expressão que melhor o define porque não
8 de ago. de 20203 min de leitura


a Betina de roxo
Imagino o longo processo e a coragem para se desvencilhar das xps e, aos poucos, de call em call, se jogar no mundo da comunicação e do estilo. Pena que eu não tenho a foto do chapéu que ela usou e que - quando a vi irradiante - me arrancou a já célebre frase "Estilo é tudo".
25 de jul. de 20203 min de leitura


a próxima então!
- A próxima crônica está ótima! - Como assim, você começa um texto falando do próximo? E todo aquele papo de viver o presente, de focar as energias no agora, afinal a próxima somente será postada no próximo sábado! Daqui a uma semana! Você parece o Aloisio que namora Ester pensando em Marina. Que come assado pensando em frito. Tem noção do mar de caminhos que se abre numa semana? - É que o assunto da próxima crônica é muito mais interessante do que o de hoje. - Uai! Então
18 de jul. de 20202 min de leitura


a kafkiana
Conheci Kafka lendo uma sentença do meu pai onde ele fazia referência a Josef K., protagonista do livro O processo . Depois passei a ouvir a expressão kafkiana com regular frequência até que não havia outra alternativa senão ler um de seus livros para entender melhor o que exatamente seria uma situação kafkiana. Um processo kafkiano. Um personagem kafkiano. Isso deve ter sido por volta de 1997 no terceiro ano de faculdade. Sem vírgula mesmo depois de 1997. Nunca saberei se
11 de jul. de 20205 min de leitura


Tudo bem, é só uma vez por ano...
- Mas se você ganhar na loteria, ou na mega-sena, o que você compraria sem pestanejar? - Listerine, respondi. De litro. Eu beberia...
4 de jul. de 20204 min de leitura


Antes que eu me esqueça!
Originariamente postado em 31.10.2017. É a primeira crônica do blog. Antes que eu me esqueça, escrevo solto e soltas algumas notas de crônica. Saudades das manhãs de jornal impresso sujando as mãos de estudante e das emoções de Ignácio de Loyola Brandão no Estadão. A crônica se reduziu na importância e se disseminou pelos blogs e facebook, me parece. E lá vou eu fazendo a minha, dominical, na madrugada, sem licença; nem leitor ou roteiro. Numa das cenas de Mindhunter, n
25 de jun. de 20204 min de leitura


na padaria
Duas atividades me excitam. Sexo e padaria. Não, nunca fiz sexo na padaria entre fornadas de cacetinho. Da primeira, portanto, não falaremos hoje. Nada impede que você, leitor, você, leitora, de algum modo, se imagine entre farinha, manteiga e batidas de chantilly...e dê assim cores ao seu fetiche ainda não satisfeito. Dou-lhe apenas a dica de não focar só na compania mas também no quitute. Pode focar na compania que trabalha na padaria que você frequenta. Pode também ser a
20 de jun. de 20204 min de leitura


o legado do Queiroz
Philip Roth nos leva a Saul Below. Este me leva a um de seus livros chamado "O Legado de Humboldt". Passo desesperada e freneticamente a procurá-lo pelas minhas estantes. Não o vejo na primeira bisbilhotada. Suas folhas estavam gastas por três leituras no máximo. A capa é dura. Nela havia uma ponte e um homem. Um tom cinza e uma vista melancolicamente perigosa contrastando com as letras garrafais do título. Abro uma primeira vez mas não o leio. Reviro algum tempo depois o
13 de jun. de 20204 min de leitura


o método e não o todo...
É interessante ouvir os poliglotas contando como aprenderam diversos idiomas. Eu os admiro. Mais interessante ainda é perceber que não há um método único dentre eles. Praticamente todos aprenderam de um jeito diferente. Lógico que algumas dicas são praticamente consenso: aprenda errando, se exponha ao máximo, utilize um só livro ou app por vez, encontre um jeito divertido de aprender, comemore as pequenas conquistas e revise pouco mas diariamente o idioma da vez. São vári
30 de mai. de 20203 min de leitura


outras passagens
Assim que terminei de escolher as velas coloridas no Mironga dei-me conta de que o homem que chegara esbaforido não mais estava na loja. - Escute, aquele homem que chegou aqui dizendo que sua mulher teria lhe lançado um feitiço, o que aconteceu? - Olhe, ele é de São Paulo, está aqui há dois dias, disse que a macumba teria saído desta cidade. Falei para ele ir até o terreiro que frequento aos sábados. - Entendo, você pode me passar o endereço? E assim eu saí do Mirong
14 de mar. de 20202 min de leitura
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