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12 de mar. de 20222 min de leitura

EU;
Carlos Camacho
De repente voltei a escrever. A crônica sempre me fascinou; ela é uma porta que se abre a todos nós no cotidiano. Ela nos transporta pelos tempos da alma. Assim como engenheiros habilidosos doutros planetas nos enviaram a música, os andarilhos nos enviaram a crônica. Ambas nos fazem viajar. O presente é fantástico, único e implacável. Quando nos olharam, de longe, logo perceberam que não iríamos aguentar o tranco. E os estratagemas nos foram sendo enviados; ainda o são. A todo tempo eles vêm; e vão.
O tema da crônica explode, não aparece. Você não se posta defronte à tela e fica pensando no assunto. Surge no meio do nada, da noite; do leite ou da nata. Ela venta em todos, joga pedras no mar e balança folhas. Eu só fotografo um instante; depois jogo alvejante em meus conceitos formais e gravíssimos para que ela se crie solta; e viaje. Como a folha na tempestade. Desbasta a pedra bruta na encosta da praia. E volta. Até repousa calmamente sobre o suspiro dos amantes. Escrevendo eu me disfarço; finjo que sou um artista que atravessa a rua em direção ao calçadão para andar junto com o povo. Se elas te transportarem para qualquer tempo que não o presente, qualquer espaço que não este que teu corpo habita - uma lembrança, uma viagem, um abraço, uma risada ou uma revolta qualquer - eu me encerrarei satisfeito.
Ao longo da vida aprendi que você pode evitar o chamado uma vez; pode postergar o segundo para ali adiante. Nunca, contudo, ignore o terceiro. Ele é letal. Vem no tempo certo. Você nem precisa se preocupar; você sabe, você sente. Este blog apenas atendeu à terceira ligação cósmica que me foi feita. O nome do blog se explica pela primeira crônica publicada, escrita antes que dela eu me esquecesse.

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