top of page

publica logo!

  • Foto do escritor: Carlos Camacho
    Carlos Camacho
  • 21 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

ree


Minha vontade é pagar à vista.


Na dúvida, perguntei para a minha filha. Ela achou melhor pagar parceladamente. Em vez de escrever um textão de duas mil palavras, equivalentes a quatro crônicas, ideal seria pagá-las semanalmente. Logo me ocorreu então de fazê-la às quartas e sábados até que a conta seja paga. Sem pensar muito já comecei a escrever esta daqui, tipo para aquecer.


Crônica é que nem sexo; tem que praticar não adianta.


Tudo porque gosto da ideia de que “tantas crônicas foram escritas quantos sábados se passaram pela minha existência”. Se bem que essa frase poderia melhorar e ser menos explícita, mais sugestiva e um pouco poética, de modo que evoluísse eventualmente para um título. “Tantas quantas.” caberia melhor para um livro de crônicas. A Márcia Miró já me deu uma bronca com esse negócio de “será que devo publicar”? Faça logo.

Conheci a Márcia quando fui ver como era esse lance de auto publicação. Ela é revisora. Altamente recomendável. Ela vai lapidando o texto e fazendo perguntas até que ele melhore. Publica logo! Disse-me inclusive que as vendas são melhores para auto publicação de crônica do que romances, algo assim. Minha filha Olívia também já me puxou a orelha, pai, você tem que publicar. A minha dúvida é o valor. Quanto pagariam por um livro de crônicas minhas? Meu irmão e minha mãe não contam. Nem a minha prima de Curitiba, né Marcinha?! Depois dê a sua opinião, pagaria quanto? A Li Rizzo também não conta, sei que ela lê quase todas.


Mas também meus leitores são muito mal-acostumados, eles só leem quando eu mando lá no zap ou no telegrama. Uma vez ou outra algum desocupado me pergunta, e a crônica deste sábado? Mas muito de vez em quando. A Pat já é mais cautelosa. Limers, você não está escrevendo ou não está mais mandando? É que essa vibe de escrever passa; muitas vezes o stress me tira o pouco de criatividade que tenho.


Se tem algo que eu aprendi com essa brincadeira de escrever crônicas aos sábados é que não são as letras que fazem um livro. Nem a criatividade, ou facilidade, ou talento, como queiram, mas sim a disciplina.


É o compromisso que forja livros.


Ou as contas. Gabriel Garcia Márquez nos conta que terminou cem anos de solidão às vésperas de sua falência. Stephen King se empolgou como escritor quando seu cheque superou muitas centenas de vezes o que ganhava como professor. Voltamos nós aqui a falar de dívidas. Lógico que já pensei passar de advogado a escritor. Lógico que já me imaginei como Hemingway de camisa e bermuda após nadar pelado e sentindo a brisa na praia se colocar a escrever como se fosse fácil.


R$ 45,00 é muito caro? Sabem quanto custa editar um livro por auto publicação? Algo em torno de R$ 25.000,00. Depois, as editoras ainda se remuneram pela distribuição por percentuais de venda.


Amanhã.

Comentários


@2025 - Todos os Direitos Reservados - ANTES QUE EU ME ESQUEÇA - CRÔNICAS E ESCRITAS - From WWEBDigital

bottom of page