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... apenas abro as janelas do tempo e deixo o verbo falar...
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a montanha mágica
Noutro restaurante experimentei uma pimenta ao azeite feito por um Pernambucano radicado há mais de dez anos nas montanhas verdes. A dica: dez por cento de cachaça no azeite; dedo da moça cortada grosseiramente. As montanhas além de verde são mágicas.
29 de dez. de 20192 min de leitura


dá licença...posso falar?
Eu já sabia do caso mas não em detalhes. O rapaz, novo, está com um tumor no cérebro. Algumas semanas se passaram e o plano de saúde avalia se autoriza a cirurgia; provavelmente robótica. Eu sou um convidado ligeiramente distante no churrasco. Limito-me às intervenções necessárias. Fui convidado meio que por educação. Ouço ao lado a discussão. Resisto a me intrometer na primeira vontade. A conversa segue. O rapaz, outrora altivo e certeiro, fala pausado e aéreo. Sua namor
20 de dez. de 20192 min de leitura


Eita Brasil bom danado!
O Sábado avança pela tarde sem crônica postada, quando enfim me sento a cumprir este meio-ofício. A falta de assunto asfixia a crônica. O excesso afoga. Desde que voltei de Aracaju não havia dúvida sobre o que queria escrever: Luiz Gonzaga. A minha paixão pela sua música, sua trajetória de Rei do Baião e a vontade de ressaltar a genialidade da música nordestino-brasileira acabaram por me inibir. Lembro de um amigo meu.... desapresse o tesão antes que ele se apresse. Eu pen
16 de nov. de 20192 min de leitura


Piauí
Não sei se o texto vai ou não para a Piauí. Não devo ter leitores por lá; tampouco Acre, Rondônia, Macapá e Maranhão. Já algum tempo deixei de ver as estatísticas deles, já considero dever cumprido o texto posto; postado. A criatividade é inversamente proporcional ao estresse havido na semana, eis que só hoje no sábado à tarde é que me sossego a escrever. Como nos consome o Brasil, como nos consome a empreitada de fazer dinheiro apesar de tantas Brasílias cruzando as nossa
3 de nov. de 20192 min de leitura


a panela de ferro
Filhas, dei-me conta na manhã de ontem que minhas panelas de ferro vão me enterrar. Bom, vocês entenderam. Elas viverão dezenas ou centenas de anos além de mim. Elas viverão dezenas de anos, talvez centenas, além de vocês. Os homens criam as coisas e depois as coisas os enterram, às vezes as coisas até os matam. Eu sinceramente não espero que a minha panela de ferro tenha algo a ver como meu o fim. No máximo pelo bacon que fritou, pelo sal que acomodou deliciosamente por vári
27 de out. de 20193 min de leitura


true love will never fade
Lembro de ter escrito algumas poesias e, através delas, ter deixado a vontade prevalecer sobre a razão. Arrepiam-me os dias em que a gravata quis ser mais do que o pescoço. O amor-construído que me ilumina, e que não nasceu comigo, chamo de "ser pai". Um amor verdadeiro que jamais deveria falhar. Veja, não disse que o pai jamais deveria falhar, mas que seu amor jamais poderia titubear. Enquanto essa lenta e periférica queima de emoções de um nada-mais-do-que-um-dia-normal
18 de out. de 20192 min de leitura


agora tenho certeza sobre minhas outras vidas
(Photo by Rosario nuñez on Unsplash) E isso é tudo. Eu não sei onde. Eu não sei quando. Nem mesmo se fui um pulha ou cara batuta. Covarde ou corajoso. Talvez tenha sido um soldado na Segunda Guerra Mundial, uma espiã, sim, mulher, durante a guerra fria ou ainda um escritor frustado que passou a sua vida apenas pensando "o livro", que no entanto jamais foi escrito. Talvez um escritor bêbado. Fui eu um índio brasileiro que viveu na floresta Amazônica ou o verdadeiro Indian
13 de out. de 20192 min de leitura


conversando com estranhos
Estava vendo o vídeo de Sandra Bland no Youtube quando minhas filhas chegaram na sala. Pela câmera da viatura, nós vimos o policial se aproximando do carro dela até prendê-la. Logo expliquei pra ela que a minha curiosidade vinha do último livro de Malcolm Gladwell chamado "Talking do Strangers". Às vezes as conversas entre estranhos acabam indo para um lado não muito bom; é este o principal tema de seu livro. Ele selecionou, no melhor estilo de Gladwell, várias histórias qu
5 de out. de 20192 min de leitura


ratos
Os traidores são chamados de ratos porque agem à espreita, à noite, soturnamente pelas suas costas deitadas temporariamente pela vida. Estamos cercados de ratazanas e camundongos. No trabalho, na casa dos familiares e dos amigos. Nas ruas então nem se fala, estão em todos os lugares, nos esgotos que ligam as casas, plenários, salões, restaurantes e bares. Circulam igualmente pelos subterrâneos das empresas, das agremiações secretas e das câmaras de comércio e legislativas.
14 de set. de 20192 min de leitura


um pé certo e outro errado
Aos poucos fomos entendendo que nem tudo é tão grave assim. Buscando soluções e aprimorando o sistema. Por vezes foi necessário voltar. Algumas outras foi essencial deixar claro que cada uma é responsável pelas suas coisas. Sua vida, tua mochila. Suas tarefas, tuas obrigações.
7 de set. de 20193 min de leitura


carne de onça em Curitiba.
Nas minhas aulas de Constitucional, o saudoso professor cujo nome não me lembro sempre dizia que o sucesso de Curitiba ocorreu porque foi uma das primeiras cidades a elaborar e cumprir o seu Plano Diretor. Sua instituição é obrigatória para cidades com mais de vinte mil habitantes. "É o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana", segundo a própria dicção constitucional do Art. 182, § 1º, incluído lá em Política Urbana. Só com essa citação de artig
1 de set. de 20192 min de leitura


someday never comes
Corrido. Na sexta aniversário surpresa de mamãe. Ela quase surtou quando viu amigos, primos e parentes no salão da piscina do Círculo...
25 de ago. de 20193 min de leitura


maca peruana (?!)
Calma, leitor afoito! Não é maça não, é maca mesmo. Não são todos que sabem, mas há um mundo maravilhoso de ervas, temperos e especiarias. Sempre tem alguém que te dá uma dica de um produto natural que faz isso, faz aquilo, melhora isto e melhora aquilo. Deveríamos ter todos ao lado de matemática e português uma disciplina só de ervas, temperos e especiarias. Bom, se bem que nada que um pouco de curiosidade não corrija. No meu último périplo pela lojinha de temperos olh
17 de ago. de 20192 min de leitura


Maristela
Não foi à toa que os italianos vieram para o Brasil. Deixavam uma Itália precária; extremamente pobre. Sem comida e sem trabalho. Num navio a vapor e com pouca bagagem mais de 1,5 milhão por aqui aportaram entre 1896/1914. Meu bisavô chegou em 1906, no meio do boom . Há por aqui uns trinta milhões de descendentes de italianos. Vieram principalmente para Sul e Sudeste. E, depois de um perrengue lascado, nos brindaram com pizza, vinhos e massas. Não foi fácil. Muitos ch
2 de ago. de 20192 min de leitura


perrengue
- Filha, fale o nome da crônica, do título, para eu escrever! -Como assim? O título, já fica mais fácil para eu começar. Estávamos chegando na cachoeira do Saltão quando lhe fiz essa pergunta. Ela respondeu. Eu nem perguntei o porquê. Nem é assim tão difícil a trilha. São uns 400 degraus e se chega aos 70 metros de queda d´água. A tentação de um script comum seria eu lembrar de algum perrengue aqui enquanto acampamos. Ou de outras temporadas. Nada me ocorre. Na verda
27 de jul. de 20192 min de leitura
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