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agora tenho certeza sobre minhas outras vidas

  • Foto do escritor: Carlos Camacho
    Carlos Camacho
  • 13 de out. de 2019
  • 2 min de leitura

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(Photo by Rosario nuñez on Unsplash)


E isso é tudo. Eu não sei onde. Eu não sei quando. Nem mesmo se fui um pulha ou cara batuta. Covarde ou corajoso. Talvez tenha sido um soldado na Segunda Guerra Mundial, uma espiã, sim, mulher, durante a guerra fria ou ainda um escritor frustado que passou a sua vida apenas pensando "o livro", que no entanto jamais foi escrito. Talvez um escritor bêbado. Fui eu um índio brasileiro que viveu na floresta Amazônica ou o verdadeiro Indiana Jones? Sério, fui eu Frederico Ernesto Braun?


Então, como é possível?


Digo, se eu não sei nada sobre os detalhes dessas outras vidas como posso botar o título acima? Eu não sou espírita. Nem adivinho. Apenas um contador de histórias. Arquive. Eu estava vendo televisão no Domingo passado e vi no noticiário a reportagem sobre os túneis secretos em Ibirubá, RS, que teriam sido usados pelos fugitivos nazistas.


Além das crônicas semanais que tenho escrito já há quase dois anos, venho escrevendo contos sobre uma pequena cidade no Sul do Brasil. A personagem principal se chama Hana. Nessa cidade - sem nome - todas as histórias estão interconectadas e vinculadas com a Segunda Guerra Mundial. Não, definitivamente não é Ibirubá. Em 20.09.2018 escrevi "das englandspiel". Sr. Abelha, que é o personagem principal, cavou inúmeros túneis subterrâneos e os usou para proteger a cidade que, segundo sua teoria, estaria em perigo. Veja:


"Quando meu primo me falou que a terra daqui era boa pedi que ele me enviasse um quilo dela. Joguei sobre meu corpo durante a noite e tive ótimas percepções. Não pensei duas vezes e vim pra cá. Vou voltar a viver debaixo da terra. Quem não cava não está protegido. A superfície é perigosa demais. Logo que cheguei aqui cavei o sistema de fuga só da minha cabana. Mas não consegui parar. Era preciso proteger o Vilarejo. Era preciso replicar a cidade subterrânea. Depois que desconfiei que havia um assassino em série morando no Vilarejo cavei até a sua casa para instalar observadores e percebi o quão fascinante é observar as pessoas do Vilarejo dentro de suas casas."


Enquanto escrevia esses trechos eu pensava se seria possível para um homem cavar túneis para se sentir seguro. Logo conclui que todos os tipos de maldades são possíveis de serem praticados pelos seres humanos. Eu jamais tinha ouvido ou visto qualquer informação sobre viver nos subterrâneos como eu escrevi, como resultado de um distúrbio provocado pela guerra.


E, acredite ou não, este é apenas um exemplo relacionado às minhas experiências de escritor (onde não há limites para a imaginação) e coisas da vida; que aconteceram quase como imaginadas. Há um outro exemplo que devo trazer qualquer dia sobre essas conexões. Há sempre algo de outras vidas em mim me parece; embora não saiba ainda exatamente quais teriam sido elas. Ainda.


Talvez seja essa nossa inquietação pela finitude. Talvez seja esse inconformismo de que toda essa bagunça vai acabar. Na dúvida já vou criar um mantra sabe, algo como: "na próxima me volte um....ou uma....".


Eu se fosse você faria o mesmo...


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