Tenho escrito sobre Eddie Vedder aqui no blog depois do seu show aqui em São Paulo. Pouco antes de começar a escrever o post do próximo sábado começou a tocar Wishlist. A música naturalmente nos força a criar uma lista de desejos, mas é óbvio que isto não acontecerá aqui.
Arquive.
Eu vi "Sully" ontem e me lembrei vagamente do acidente com voo 1549 nos Estados Unidos em 2009. O filme foca a investigação feita pelo NTSB, equivalente a nossa ANAC. Baseado em fatos reais, ele, Sully, o piloto, teve que explicar as razões pelas quais evitou pousar no aeroporto de Teterboro ou La Guardia durante a emergência. Fizeram inúmeras simulações com os dados oficiais do voo 1549 e sugeriram que seria possível aterrissar nesses aeroportos em segurança.
Mas o voo estava sendo conduzido no modo manual e eles não acrescentaram o "fator humano", segundos necessários para que pilotos decidissem o que fazer. Sully foi enfático. "Nós temos que colocar mais tempo. Nós não sabíamos o que fazer". Assim, NTSB adicionou mais 35 segundos e, este é o ponto, ambas as simulações terminaram com acidente aéreo. A única chance de manter a tripulação e os passageiros vivos era, de fato, a aterrissagem no Rio Hudson. 155 vidas foram salvas do episódio que se convencionou chamar de "O milagre do Hudson".
Depois do filme, eu pesquisei vários vídeos no You Tube sobre o assunto. Fiquei chocado quando vi o vídeo completo do relatório oficial final da NTSB. A questão hoje é o que não achamos na internet. "Sully", em razão de sua experiência, "sentiu" que a melhor chance seria aterrissar no Rio Hudson. Então, me lembrei dos últimos acidentes com os Boeings. Pelo que eu vi, foi uma "briga" entre humanos e pilotos. Estes não poderiam tomar o controle do avião ou, se o assumissem, seria tarde demais. Os sensores se tornaram mais importantes do que os pilotos, uma primeira impressão; numa primeira leitura.
Arquive.
Em "Better than us" os Chineses mandam um robô para uma fabricante russa de robôs pelo mercado paralelo. Logo descobrem que o robô é assassino e aprende rapidamente os sentimentos humanos (sentimentos e emoções). "Ela" aprende.
Pense como isso é doido. Nós estamos criando (pelo menos como objetivo de Ciência) uma máquina como o ser humano de um lado e, de outro, máquinas que não podem errar. Nós queremos a suprema criação, algo melhor do que nós mesmos, como Deuses terrenos.
Eu não tenho e menor idéia de onde isso vai terminar. É um problema para as próximas gerações. Mas, ah, “I wish I was an alien, at home behind the sun”, para ver toda essa bagunça. E, daqui a 500 anos aterrissar na Terra cantando Eddie Vedder. "I wish I was a messenger, and all the news was good”.
Felizmente estarei morto quando eles conseguirem criar um robô ser humano.
Só precisamos de tempo. Não muito.
Se bem que voltar como alien...
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