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carne de onça em Curitiba.

  • Foto do escritor: Carlos Camacho
    Carlos Camacho
  • 1 de set. de 2019
  • 2 min de leitura

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Nas minhas aulas de Constitucional, o saudoso professor cujo nome não me lembro sempre dizia que o sucesso de Curitiba ocorreu porque foi uma das primeiras cidades a elaborar e cumprir o seu Plano Diretor. Sua instituição é obrigatória para cidades com mais de vinte mil habitantes. "É o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana", segundo a própria dicção constitucional do Art. 182, § 1º, incluído lá em Política Urbana. Só com essa citação de artigo perdi uns 13 leitores que, com razão, querem mesmo o texto menos árido possível.


Lógico que eu lembrei o nome dele, só achei que seria interessante juntar a ironia de se esquecer daqueles a quem nos sentimos saudosos. Prof. Marcel Camargo, assessor e revisor nomeado e jamais empossado peço breves linhas a respeito dessa última frase. Oscilei entre o que foi escrito e "daqueles a quem reputamos saudosos".


Eduardo Domingos Bottallo. Tinha um conteúdo extraordinário e era um cara tranquilo para dar aula. Eu tinha alguma dificuldade de concentração nas aulas dele, mas isso era um problema meu e não dele. Hoje Curitiba se tornou famosa pela operação Lava Jato; pelo Sérgio Moro. Não, a crônica não vai para o lado político, nunca foi minha intenção politicar por aqui. Cá estou em Curitiba.


O Aeroporto chama a atenção pelo tamanho; pela organização. Sua localização idem. Nem perto nem longe de Curitiba, Afonso Pena está a R$ 43,00 de Uber de Batel. Os pontos de ônibus são fechados. O sotaque do Curitibano eu ainda estou aprendendo a imitar, é quase o de um Gaúcho, mas um pouco mais pausado. Pronuncia-se todos os "e" sem exceção. Em frases como "leite quente da dor de dente na gente", você deverá ouvir o "e" pronunciado fortemente no final, jamais "leiti, quenti, denti, genti".


O Mercadão Municipal é invejosamente limpo e organizado.


E aqui já tenho condições de afirmar com base na minha curta experiência de viajante o seguinte: "Diga que Mercadão tens e te direi que cidade és!".


A carne de onça está em todos os cardápios meu amigo.


E ontem um garçom engraçadinho quis me acreditar que ela vinha mesmo da onça. Eu entrei na dele. "E não dá rolo com o Ibama não essa criação de onça clandestina de onde vocês trazem essa carne?". Sempre há alguém mais filho da puta que você. Sempre haverá alguém menos e mais inteligente que você. Sempre haverá alguém mais e menos do que você em alguma coisa. Por isso que o jargão popular "se situa meu amigo" é um dos conselhos mais inteligentes que podemos absorver. Voltando. Depois eu continuo porque agora darei um rolê pelos pontos turísticos.


A trabalho estou conhecendo os Shoppings da Curitiba. Hoje serão mais mais dois. Na torre panorâmica conhecemos um casal de curitibanos que nos indicou um restaurante chamado Terrazza; só não fomos porque o Bar do Alemão não nos deixou a energia suficiente.


A carne de onça do Bar do Alemão é uma iguaria sem precedentes. O Museu do olho é passagem obrigatória, só não entramos porque a exposição de fotografia estava fechada.


O final de semana ainda não terminou, mas a crônica sim.


E, atenção: é mentira que faz frio em Curitiba, tudo não passa de um marketing engendrado para atrair calorentos como eu.

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