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devaneios quaisquer

  • Foto do escritor: Carlos Camacho
    Carlos Camacho
  • 18 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de out.


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Amaram a crônica anterior, né? Já posso dizer que tenho meia dúzia de leitores fiéis; andam lendo praticamente todas. Não leu ainda?! Chama-se Nosso Universo Cultural. Mamãe leu; né mamãe?! Também, não tinha nenhuzinho palavrão. Foi foda mãe, mas foram duas crônicas sem palavrão. Voltemos ao estágio natural das palavras que se registram praticamente como vem.


Ontem paguei meu chopp com o cartão do metrô depois de assistir Red Joan, a história da "espiã" britânica Melita Norwood que passou informações sobre a bomba atômica à União Soviética no pós-guerra. Lógico que fui ao Espaço Itaú-Unibanco, lógico que botei pimenta vermelha e, desta vez, um pouco de azeite. Quando a atendente me viu colocando azeite na pipoca ela me olhou meio assustada. Senti-me obrigado a dar uma explicação: minha avó me dava colherada de azeite vez ou outra, alternando com o leite de soja. Lógico que eu inventei. A explicação estava dada. Nenhuma explicação soaria razoável mesmo.


Depois parei num bar chamado Dow Jones Market Beer, Botafogo, Errejota, onde a preço da cerveja varia conforme a demanda imediata. Você acompanha as oscilações dos papéis, digo, da breja, ali na tela. Coloca crédito num cartão qualquer, como o de metrô, e vai consumindo. Lógico que eu não aguentei e perguntei. Não, não pode usar o crédito do metrô aqui nem vice-versa. Se não der tempo de consumir o crédito, você pode voltar no dia seguinte quando, digamos, a sua breja preferida tiver em baixa e bebê-la prazerosamente. Para acompanhar pedi uma costelinha para a qual tomo a liberdade de atribuir nota sete.


Falta um sabor do campo ainda nela. Falta um tempero que a torne única. Uma fumaça talvez. Aquela história, tá boa mas pode ficar melhor. Como o Rio, tá bom, mas pode ficar muito melhor. A empadinha carioca ainda supera a paulista. A feijoada paulista faz a carioca passar vergonha. Digo isso na média, nos botecos de ponta, aqueles que minha irmã chama de comeu morreu. Atenção caríssimo revisor nomeado, mas jamais empossado, Marcel Camargo, para o exemplo acima de elipse para feijoada e empadinha. Favor utilizar o exemplo em sala de aula e informar o endereço do blog no quadro verde.


A burocracia ainda é muita, tanto aqui como em São Paulo, sobretudo para o Cartório de Registro de Imóveis. O examinador dos Registros de Imóveis quando morrer vai para o Inferno e lá será alocado na porta de acesso ao Purgatório. Meu amigo, enquanto as exigências não forem supridas, você ficará aqui ardendo em seus pecados; portanto tenha obstinação.


Só a obstinação vence a burocracia. Repeti-la-ei com adornos: Só a obstinação incansável e inquebrantável vence a burocracia. Sonho o dia em que o brasileiro empenhará a sua palavra e tantos milhões ela valerá.

João é João.


José e José.


E ai de você se João for José.


Ai de você se disser que vai e não for. Ai de você se receber e não pagar. Ai de você se disser que é teu e não for. Ai de você se não parar para olhar o belo num dia qualquer.


Ai de você se vir uma moça bonita de guarda chuva rosa e não lembrar que a vida é bela.

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