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azeda mesmo

  • Foto do escritor: Carlos Camacho
    Carlos Camacho
  • 9 de nov. de 2018
  • 2 min de leitura

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Deixei o grupo do zap porque um de meus amigos me disse que eu já tinha causado muita confusão. Não deixei tipo você foi removido. Vim para cá para o blog e o silenciei por um tempo.


Política foi o estopim. Nunca discutimos tanta política nesse grupo.


Fazia tempo que o Brasil não discutia sobre Política com tanta empolgação, com tanto engajamento. Até o cidadão que já tem green card meteu o nariz e o manteve durante todas as eleições. Esses grupos de zap são o ambiente ideal para confusões e mal entendidos. Ali os machões e os fanfarrões se libertam. Hoje rolou um desses mal entendidos e ainda turbinado pela Política. O bom que esse grupo é forte. Rola uma confiança. Amigos e conhecidos de muito tempo. Todo mundo conhece o passado de todo mundo. Não adianta florear. Sabemos o que você fez no verão passado. Portanto você é você.


São 16, mas oito falam; a metade. Tem o treteiro que quer ver confusão. Tem o que só manda foto de churrasco. Outro só de cerveja. Tem o que só manda piada. Tem um que só escreveu umas dez palavras até hoje. Tem um que manda as mais gostosas; as receitas. Tem o que reza pra ser excluído porque não dá conta de ler. Tem um que não tem redes sociais. Tem o deixa disso. Tem dois deixa disso pensando bem. Tem quem nunca mande áudio. E outro que manda vários áudios quando está bêbado. Tem eu, que vira e mexe sou excluído. E incluído. Tem um que manda Belchior e os sons mais bizarros. Tem petista. Tem bolsominion. Psicólogo. Professor. Médico. Empresário. Advogado. Publicitário. Não tem nenhum vagabundo.


Já houve um briga ferrenha pela administração do grupo. E até já quem tenha montado um grupo paralelo. Começou com alguns vários. Aos poucos quem não se manifestava muito foi injustamente excluído. Já teve dedo na cara. Já teve verdade dura, nua e crua jogada na cara. Já magoou e foi magoado. Xingamento e porrada virtual. Bom, porrada virtual seria algo como, caso a conversa fosse presencial, quase rolaria uma treta até que os deixa disso interviessem.


Esses dias veio a pérola: cara fica trabalhando e não foca no grupo! Acabei de escrever lá que estou fazendo uma crônica sobre o grupo. E olha o que me escrevem em seguida: Escreve, enrola, fuma, come, e vai tomar...". Essa frase vem de um amigo. Ele ainda está chateado comigo em razão do mal entendido que aconteceu hoje. Como a amizade masculina é transparente. Não há bastidores, é tudo ali, na hora. Quando nego viaja manda foto, da praia, da neve. Da Arábia Saudita ao Guarujá.


Estamos conseguindo nos ver presencialmente ao menos uma vez ao ano. Não com a intensidade desejada. Nem sempre vão todos. Damos risada. Discutimos seriamente. E, lógico que os nomes são de menos. Integrantes todos de uma geração que viveu sem e com zap.


Sim, tem hora que azeda mesmo.


Uma hora vai acabar tudo mesmo...

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