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os peitos da adolescência

  • Foto do escritor: Carlos Camacho
    Carlos Camacho
  • 22 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

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O título original não era esse. Eu o adaptei. Logo mais, daqui um mês, o blog completará um ano. Sem revisor, nem censor, nem ninguém que as lesse antes de mim mesmo, meu bom senso e minha consciência foram as pilastras daquilo que seria conveniente escrever sem tergiversar com a minha liberdade de expressão. Mantendo a franqueza com que me dispus a escrever. Achei que o anterior seria politicamente incorreto; que pudesse ser mal interpretado pelas mulheres.


Ando abusado, escrevendo as crônicas na sexta-feira, na véspera. Já é a segunda e, pela regra três, terei que fazer adaptações antes que atravesse a manhã de sábado sem o texto postado às oito da manhã. Estou atrasado já para a festa de uma amiga, no limite do meu tempo.


Voltando. No meio de uma conversa com um amigo, acabamos lembrando de alguns momentos da adolescência, algo como, não somos mais adolescentes, dito assim mesmo, de maneira consciente e bem resolvida. Depois da conversa peguei-me pensando nas experiências de adolescente, das descobertas, da ousadia, da pilha toda carregada nessa fase da vida. Lembrei-me dos primeiros beijos, da primeira vez que passei a mão num bumbum e os primeiros peitos que se desenharam tesos diante de mim.


E, naturalmente, sem remorso, sem desejo de voltar ao tempo, como simples memórias de vida, percebi que a expressão "peitos da adolescência" era poética. A expressão original não era essa. Fiquei em dúvida se essas lembranças poderiam ser tema de crônica, além do politicamente correto a última impressão de que gostaria de passar era de desrespeito às mulheres; essa fortaleza forjada pelas rajadas de ventos das tempestades e dos perfumes das flores.


Eis que, deixado o assunto de lado, algumas horas depois abro a lista de livros da NPR, onde ouço a entrevista e vejo livro recém publicado de Linda Kay Klein (foto acima), Pure - Inside the Evangelical Movement That Shamed a Generation of Young Women and How I Broke Free. Percebo que, se, por um lado, há uma preocupação constante dos movimentos feministas em conscientizar a sociedade de que mulheres não podem ser objetificadas, é importante tratar com naturalidade as suas conquistas históricas, inclusive a sexual.


Logo percebo que pouco ou nada sei dos movimentos feministas ou de sua história no Brasil. Lembrei de um livro de Mary del Priore, História das Mulheres e o comprei para reduzir o meu desconforto de ignorância. Quais teriam sido os desafios ocultos das mulheres, além da conquista pela liberdade sexual, do trabalho, do direito ao voto...?


Retomo o tema qualquer dia, depois de ler o livro de Mary e Pure, de me aprofundar mais no assunto, antes que eu perca a festa da minha amiga no Jazz nos fundos, com Groove e o DJ Tubarão.


Já não tenho os peitos da adolescência...senão a efervescência dos sentimentos.

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