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o Genghis Khan di Parma...

  • Foto do escritor: Carlos Camacho
    Carlos Camacho
  • 15 de set. de 2018
  • 3 min de leitura

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Escrever de véspera não é tão ruim. Ao cabo e ao fim de uma semana corrida, recolho-me calmamente para escrever. As crônicas andam ficando para segundo plano ultimamente. O stress é hábil em tolher o nosso lado criativo. Nada como o compromisso próprio para me lembrar que até o hobby nos aperrenha.


Atenção leitor, essa palavra que escrevi há pouco, aperrenha, ela não existe. Tenho a impressão contudo que você me entendeu. O Roberto Leal se candidatou. O Tiririca, o palhaço, continua a tirar sarro deste país. Eu me esforço para não falar sobre política neste espaço, não que não seja imprescíndivel para nossas vidas, mas não necessarimente no blog é o melhor local. Ao fundo a brasa queima uma ripa de costelinha para fazer compania ao vinho.


Utilizo uma churrasqueira de ferro chamada gengiskan. É um pequeno fogareiro que vem com um chapéu vazado. Há uma maneira especial de fazer, bacon no topo, carnê nas laterais e legumes com molho na calha. O segredo, como sempre, está no molhgo, que nem mediante grave ameaça eu vou revelar.


Um dia eu comentei com o Conrado Maciel sobre essa panela e seu prato típico; ele duvidou de mim sobre a existência. Depois de um mês eu o encontrei e ele me disse -sim é verdade, eu vi, a panela tem origem na Mongólia e tal e tal e tal. Ah vá! Eu ganhei a minha do meu pai. Pena que o Dória abandonou a Prefeitura. Pena que o Alckmin abandonou o Governo. Prometeram e descumpriram. Ainda bem que eles não são minha referência e eu entregarei a mim mesmo a crônica amanhã pela manhã.


Lembro como se hoje fosse o dia em que meu pai fez o típico prato em Presidente Bernardes. Aprendeu com um japonês, ou seria um oriental, eu não lembro. Será que seus antepassados vieram da Mongólia ?! Não pode ser...O fato é que depois desse dia nunca faltou gengiskan em casa. Esses hábitos de pais e filhos... de família, essa bagunça que se forma aos sábados, a mesa, a música, as risadas e até as rusgas que tudo junto formam as memórias de família.


Hoje eu esculhambei, não fiz o prato típico com o chapéu, espetei uma costelinha sobre o fogo e enquanto o tempo me queima os segundos a brasa esquenta os ossos do porquinho que morreu ontem. A costelinha foi um acidente, veio no embalo. Eu achei um lugar para comprar pernil fresco, menos de cinco dias, para fazer prosciutto parma caseiro. Já estou na salga do segundo. Não é fácil para um cara ansioso saber que você faz algo que levará um ano para ficar pronto, ainda mais uma iguaria.


Quando pesquisei sobre o que era necessário para fazer o parma (que eles não me leiam lá na região que leva a DO) me responderam que era simples, você precisa de sal e tempo. Leia-se, sal e paciência. Muita paciência como a que temos que ter ao ver o Fernando Haddad sendo entrevistado. Chego a pensar em invocar o exército militar do Genghis Khan para atravessar a muralha da China e prender todos os políticos corruptos deste país. Mas é só uma bravata de um democrata incondicional. O Haddad não está se saindo bem na entrevista. Todos que se propõem a explicar o inexplicável acabam como o porquinho que está tostando na brasa.


Já vou sair da política, mas a situação do Haddad não tá fácil não... Não volto mais para a política. Pausa para mais uma taça. Pausa para virar a costelinha do porquinho que morreu ontem. Para começar o o presunto parma caseiro você o salga por dois dias/quilo. Depois você faz uma pasta com azeite e temperos ou sugna.


Pendura a perna lá por seis meses a um ano. Simples, sal e paciência. Então é isso, vou encerrar a crônica esperando que toda a minha paciência vá para fazer o meu parma e assim que eu agendar este post eu vou invocar a sabedoria do Ghengis Khan para que nós brasileiros bons e bem intencionados se envolvam cada vez mais na política sabendo ouvir o próximo seja de que espectro político for.


 
 
 

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