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EGB lança a Evil Garage Bar Library

  • Foto do escritor: Carlos Camacho
    Carlos Camacho
  • 4 de dez. de 2017
  • 3 min de leitura

Sim, uma biblioteca num bar? Inusitado? Talvez, mas nós gostamos, por isso fizemos com a ajuda de nosso amigo Camacho, que escreveu o texto abaixo para o lançamento da mesma! Dia 07 começa!


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Biblioteca num bar? Por que não?

Antes que eu me esqueça; Evil library bar. Extra! Extra! Tomemos esta como uma edição extra, postada dias antes em que algumas dezenas de livros da minha biblioteca passam para as estantes do Evil Garage Bar. Você vem pra cá, pega o livro e anota a data de devolução. Virou biblioteca. Free. Vou repetir. Free.


Para quem está lendo pelo celular. Respire. Free. Escrevo esta crônica sobre o balcão do Evil, perto donde ficarão os livros. No palco, Raio Lunnar tocando Asa Branca; Todos, exceto os que me chegaram autografados ou com dedicatória vieram para cá. Um dia cheguei em casa, meus livros bagunçados e muitos ali parados; inertes com as folhas secas e tombadas há meses; anos. Não vi muito sentido naquelas pilhas ali paradas nessa vibe compartilhada que vivemos. Os amantes dos livros sabem o nível de desprendimento que se faz necessário para praticar o desapego; mas peraí, não se trata de qualquer lugar. Conversei com o Aguinaldo na mesma semana. Topou na hora.


O Evil Garage Bar já se tornou patrimônio da cidade; lembro-me do primeiro dia em que vim pra cá; um sofá sob os vinis; num um bar que se mostrou ousado desde o começo. Quem conhece Limeira e sabe da dificuldade de emplacar negócios novos imagina o tamanho da jornada que assumiram. E triunfaram maravilhosamente! A noite ganhou vida. Bandas, duetos e músicos da cidade e da região revezaram-se sem parar no palco, que agora já toca Johny Cash; Sim, leitor afoito, Charles Bukowski estará por aqui, num livro que furtei do meu irmão. Franz Kafka, em Cartas ao Pai, a Colônia e o genial O Processo. Daniel Galera e Rubem Fonseca. Crime e Castigo diretamente dum sebo do Centro de São Paulo quando substituía lanches por livros. Ah, Jorge Luis Borges e as poesias reunidas de Fernando Pessoa; da Aguilar. Guia Brasil 2015 para planejar a viagem enquanto tu tomas um chopp e comes uma coxinha Imperial. Para os adevas que gostam de biografias de juristas, as memórias de Miguel Reale e a Folha Dobrada de Gofredo Telles Júnior.


E os que gostam da commow law, a biografia de Louis Nizer, My Life in Court. Para os amantes da música, especialmente Bossa Nova, temos Nara Leão e o clássico Noites Tropicais. Tive uma fase Bossa Nova. Todo brasileiro teve, ou deveria ter, uma fase Tom, um uísque à Vinícius. Uma vibe bossa nova. Ele, o cronista imbatível, o mágico, o gênio, O Anjo Pornográfico também estará por aqui. E, como nenhuma biblioteca do Mundo pode subsistir digna sem Machado de Assis, ele estará conosco aqui pelas Memórias Póstumas; dele, o Brás, o Cubas. O Brás Cubas. Confiram vocês mesmos clicando em https://camacho.libib.com/ para ter acesso aos livros que estarão por aqui.


Nós confiamos nos brasileiros. Nós confiamos que você vai retirar e devolver o livro. Assim, uma semente, uma idéia, a crença de que o Brasileiro não precisa levar vantagem em tudo. Uma biblioteca sem burocracia que confia nos leitores locais. Na direção que queremos o Brasil; simples, funcional e menos corrupto; menos malandro. Você também poderá contribuir; basta deixar por aqui os seus livros. Ah, antes que eu me esqueça; mandei junto a bíblia de Vovó; Vó Cidinha. Carlos Arthur Duarte Camacho 01/12/2017

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